Você pode envelhecer com mais energia e clareza.
Mesmo sob ataques diários — poluição, sol, cigarro e metabolismo — há como proteger suas células.
Aprenda a detectar o estresse oxidativo precocemente em um hemograma.
E descubra como antioxidantes como o picnogenol podem ser aliados nesse processo.

🔬 Além do Óbvio: O que é o Estresse Oxidativo

estresse oxidativo é como a ferrugem ou a maresia que corroem metais. Quando o oxigênio reage sem controle, “enferruja” proteínas, gorduras e DNA, acelerando o envelhecimento e favorecendo doenças.

Os chamados radicais livres são os agentes dessa oxidação. Surgem na respiração celular, no fígado ao metabolizar toxinas e nas defesas durante inflamações.

Também vêm de fora: poluição, cigarro, sol intenso, álcool, dieta pobre e estresse. Quanto maior a exposição, mais rápido o desgaste celular.

Para evitar essa corrosão interna, o corpo conta com antioxidantes:

  • Internos: glutationa, coenzima Q10, melatonina e 

    enzimas como superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, dependentes de zinco, cobre, manganês e selênio.

  • Externos: vitamina C, vitamina E, carotenoides e compostos como o picnogenol, extraído do Pinus pinaster.

Você fortalece os antioxidantes internos com:

  • Exercícios físicos (aeróbicos e de força)

  • Boa higiene do sono

  • Controle do estresse

  • Alimentos ricos em zinco, cobre, manganês e selênio

  • Suplementos como NAC, precursor da glutationa

Onde encontrar os antioxidantes externos:

  • Frutas cítricas e acerola para a vitamina C

  • Oleaginosas, óleos vegetais e peixes gordurosos para a vitamina E

  • Cenoura, tomate, gema do ovo, abacate e vegetais verdes escuros para carotenoides

  • Alguns casos de suplementação moderada de compostos como picnogenol ou chá verde

👉 No próximo passo, veja como um simples hemograma já revela sinais precoces do estresse oxidativo.

🧬 Medicina de Precisão — Hemograma e Estresse Oxidativo

Um hemograma revela sinais de estresse oxidativo mesmo em valores de referência, pois ele danifica as células do sangue, reduz sua vida útil e ativa inflamação.

Veja em ordem de importância:

  • RDW: deve ficar abaixo de 13%; acima disso indica inflamação, estresse oxidativo ou deficiência de ferro, cobre, B12 ou B9.

  • Leucócitos: ideal entre 4.500–6.000/µL; acima de 7.000 sugere inflamação crônica e maior risco cardiovascular.

  • Relação neutrófilo/linfócito (RNL): deve ser até 2,5–3 (preferencialmente <2). Valores maiores refletem inflamação ou envelhecimento imune.

  • VPM (volume plaquetário médio): deve estar entre 9 e 11 fL; acima de 11 fL indica plaquetas jovens e ativas, ligadas a inflamação e risco de coagulação.

🩺 O hemograma deixa de ser apenas rotina e se torna um mapa do envelhecimento e do estresse oxidativo.

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Não trate o hemograma como um detector de anemia e infecções agudas. Ele é um painel de sistemas: oxigenação, inflamação, imunidade e metabolismo.

Trabalhe com “alvos funcionais” mais estreitos e leia tudo no contexto biológico do paciente.

🔴 Hemácias e hemoglobina Informam entrega de oxigênio e vitalidade. • Queda → avalie ferro, B12, folato e inflamação
• Aumento → suspeite de hipóxia (apneia, tabagismo, altitude), andrógenos ou eritropoietina (doença renal crônica)

🧪 VCM e RDW Funcionam como lupa diagnóstica.
• Microcitose → ferro, doença crônica, talassemias
• Macrocitose → B12, folato, álcool, tireoide, fígado
• RDW alto → inflamação crônica e risco cardiovascular

🛡️ Leucócitos e imunidade Revelam envelhecimento imune e inflamação.
• >7,5 mil → inflamação subclínica, risco cardiometabólico
• <4 mil → imunossupressão, vírus crônicos, desnutrição

⚖️ Relações e marcadores combinados • Relação neutrófilo/linfócito (~1–2) → sobe com estresse, corticoide, infecção bacteriana
• Monócitos altos → inflamação vascular/metabólica
• Plaquetas + VPM alto → renovação intensa, risco trombótico

📊 Transforme 3 índices em ação clínica:PLR (plaquetas/linfócitos): inflamação pró-trombótica
MHR (monócitos/HDL): resistência à insulina, inflamação vascular
Índice inflamatório sistêmico: pior prognóstico em câncer, DAC e infecções graves

🧠 Prática de alto rendimento • Valorize séries e tendências
• Associe com ferritina, B12, folato, TSH, glicemia
• Repita exames críticos antes de intervir

Pergunte-se: há apneia, tabagismo, perdas, autoimune, obesidade ou corticoterapia?

🧭 O hemograma é apenas uma bússola. Baixe o guia abaixo para aprofundar esse conteúdo.

🌲 Há um antioxidante capaz de reduzir inflamação, estimular glutationa e estabilizar plaquetas. É sobre ele que falaremos agora.

💊 Suplemento da Semana — Picnogenol (Pinus pinaster)

O Picnogenol é um extrato da casca do pinheiro marítimo francês. Ele age como antioxidante e anti-inflamatório, ajudando na circulação e na proteção dos vasos.

O Picnogenol tem duas formas de ação: uma rápida, que aparece em 1–3 horas, e outra prolongada, semelhante a comprimidos de liberação lenta, que pode durar até 24 horas.

Além de atuar como antioxidante direto, o Picnogenol modula enzimas como glutationa peroxidase, superóxido dismutase e catalase.

Seguem alguns dos principais benefícios do Picnogenol:

Coração e circulação: ajuda em insuficiência venosa crônica, varizes e hemorroidas.
Aterosclerose: combinado com Centella asiatica, reduziu placas nas artérias e eventos cardíacos em estudos (100 mg/dia de cada).
Metabolismo e pele: pode ajudar a controlar a glicose, melhorar a elasticidade da pele e dar mais proteção contra o sol.

Aqui diversos usos clínicos onde o picnogenol foi estudado:

Como usar: 100 a 300 mg/dia, geralmente pela manhã e à noite. É considerado seguro, com poucos efeitos leves.

Opte por extratos padronizados (65–75% de proantocianidinas).

O Picnogenol não resolve sozinho o estresse oxidativo, mas é um aliado sólido nessa luta diária contra a corrosão celular.

🔒 Membros Pro: aprenda agora os segredos da manipulação eficaz de antioxidantes.

💊 Suplemento da Semana — Manipulação de antioxidantes

Cada cápsula é um sistema. O segredo está em respeitar a química e a fisiologia.

⚖️ Separar fases é regra
Lipossolúveis (astaxantina, vitamina E em tocotrienóis e tocoferóis) exigem óleo. Preferir cápsulas oleosas ou veículo sublingual com MCT.
Hidrossolúveis (picnogenol, vitamina C revestida) funcionam melhor em pó seco. Essa divisão evita competição na absorção e perdas de estabilidade.

Há exceções: beadlets e revestimentos modernos permitem combinar ativos de solubilidades distintas, mas se não houver garantia da farmácia, prefira separar.

📏 Fator de correção: ajuste sempre ao laudo
• Exemplo: vitamina C revestida 97% → pesar 103 mg para rotular 100 mg.
• O mesmo vale para astaxantina, tocotrienóis e picnogenol.
• Na astaxantina oleosa, o fator pode ser até 10x maior.

💡 Fórmulas recomendadas (90 dias)

1️⃣ Astaxantina (lipossolúvel)
Dose: 20 mg (com fator de correção)
Veículo: cápsula oleosa com MCT
Uso: 1 cápsula após o almoço

👉 Em pó, só faz sentido se for beadlet ou microencapsulada. Ainda assim, a forma oleosa garante melhor absorção, mais estabilidade e resultados consistentes.

2️⃣ Picnogenol + Vitamina C (hidrossolúveis)
Doses: Picnogenol 100 mg + Vitamina C revestida 200 mg
Veículo: cápsula sólida, sem óleo
Uso: 1 cápsula 2x/dia com refeições

3️⃣ Complexo D + K2 + E (lipossolúvel sublingual)
D3: 4000 UI
K2 (MK-7): 100 mcg
Tocotrienóis mistos: 60 mg
Tocoferóis mistos: 30 mg
Veículo: MCT QSP 5 gotas
Uso: 5 gotas sublinguais pela manhã

Por que MCT? Facilita absorção direta pela mucosa oral, sem passar pelo fígado.
Por que mais tocotrienóis? São antioxidantes mais potentes, atuam na HMG-CoA redutase e precisam vencer a competição com os tocoferóis.

⚖️ Não existe proporção universal, mas a prática funcional indica manter tocotrienóis em dose igual ou superior aos tocoferóis, sempre em formas naturais e equilibradas.

⚠️ As doses podem ser ajustadas conforme necessidade clínica.

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Dr. Christian Aguiar - Contra a Corrente.

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🔬 Referência:

Oxidative stress: a concept in redox biology and medicine — revisão conceitual
Redox Biology, 2015 — doi:10.1016/j.redox.2015.01.002
🔗 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25588755/

Melatonin as an antioxidant: under promises and over delivery — revisão
Journal of Pineal Research, 2016 — doi:10.1111/jpi.12360
🔗 https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/jpi.12360

Trace elements as an activator of antioxidant enzymes — revisão (Zn/Cu/Mn/Se → SOD, CAT, GPx)
Annals of Agricultural and Environmental Medicine, 2016 — PubMed ID: 28100855
🔗 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/28100855/

N-Acetylcysteine (NAC): Impacts on Human Health — revisão
Antioxidants (Basel), 2021 — doi:10.3390/antiox10060967
🔗 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34208683/

Red cell distribution width (RDW) and the risk of death in middle-aged and older adults — coorte prospectiva
Archives of Internal Medicine, 2009 — doi:10.1001/archinternmed.2009.51
🔗 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/19307522/

Neutrophil-to-Lymphocyte Ratio (NLR): An emerging marker of systemic inflammation — revisão
Biology, 2022 — doi:10.3390/biology11020222
🔗 https://www.mdpi.com/2079-7737/11/2/222

Mean Platelet Volume (MPV) as a marker of inflammation and thrombosis — revisão
Journal of Inflammation Research, 2019 — doi:10.2147/JIR.S188683
🔗 https://doi.org/10.2147/JIR.S188683

Leukocyte count as a predictor of myocardial infarction — coorte prospectiva
New England Journal of Medicine, 1974 — doi:10.1056/NEJM197406062902305
🔗 https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJM197406062902305

Metabolite profile of maritime pine bark extract (Pycnogenol®) in humans — farmacocinética
Phytomedicine, 2006 — doi:10.1016/j.phymed.2005.11.007
🔗 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16406646/

Pycnogenol®: antioxidant, anti-inflammatory and vasculoprotective effects — revisão de mecanismos e evidências clínicas
Pharmaceuticals (Basel), 2024 — PubMed ID: 39860647
🔗 https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39860647/

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